A polícia aguarda o resultado do exame de comparação de sêmen para confirmar se o material encontrado no corpo de Maria Vitória Henrique da Costa, 13 anos, morta quinta-feira (24/01/2013) na cidade de São Miguel do Gostoso-rn, é de Moisés Costa de Oliveira, de 32 anos. Ele confessa ter assassinado, mas nega que tenha violentado a criança.
"Na manhã de (26/01/2013) foi colhido o material de Moisés, à pedido do Itep, para confrontar com o encontrado no corpo da criança. Estamos aguardando o laudo desse e de outros exames, para confirmar se houve realmente estupro. Até porque o Moisés confirma o assassinato da menina, mas nega o estupro. Então só com isso é que poderemos saber a verdade", disse delegado do município Touros, Leonardo Freitas de Moura, que investiga o caso.
O resultado desses exames devem demorar para sair. Isso porque esse tipo de procedimento não é realizado em Natal. O diretor do Itep, Nazareno de Deus Medeiros Costa, disse que o material colhido é levado para Salvador e que, provavelmente, o resultado deve sair somente no mês de abril.
A suspeita de ter havido violência sexual foi levantada porque o corpo da menina ter sido encontrado sem roupa e com o próprio short amarrado ao pescoço. A primeira pessoa que viu o corpo de Maria Vitória foi padrasto dela. Segundo Leonardo Freitas, ele disse ainda que havia sangue na região genital da criança.
Na coletiva de imprensa, concedida na tarde do dia 25, o delegado disse que ainda precisa ouvir o depoimento de outras pessoas da região e da mãe de Maria Vitória para concluir o inquérito. O padrasto da menina já foi ouvido. Até o momento, a polícia não trabalha com a hipótese de que outra pessoa tenha participado do crime juntamente com Moisés.
"Por enquanto não temos como apontar se outras pessoas participaram do crime. Os depoimentos que ouvimos não levantam suspeitas de outra pessoa", disse o delegado Leonardo Moura. No local onde o corpo foi encontrado - um matagal que fica a uns 100 metros da casa da vítima - não foram vistas outras pessoas, fora Moisés Costa de Oliveira.
A família da vítima confirmou que conhecia de vista o assassino confesso, mas não tinha qualquer tipo de contato com o mesmo. De acordo com o que foi coletado do assassino, ele não tem emprego fixo e fazia bicos como pedreiro na região. Pouco antes de cometer o crime, Moisés retirava pés de caju na zona Rural de São Miguel do Gostoso para construir assentamentos.
Foi levantada a ficha criminal dele no estado do Ceará e constatou-se que Moisés de Oliveira não tem antecedentes que o incriminaram. Ele encontra-se na 2ª Delegacia de Polícia de Parnamirim. O delegado Leonardo Freitas de Moura tem dez dias para concluir o inquérito. Caso não consiga concluir nesse prazo, o delegado afirmou que irá pedir à justiça a ampliação do prazo.
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